Mais um caso de violência no futebol distrital de Leiria. O jogo do último domingo entre o SCR Gaeirense e a URD Juncalense terminou da pior forma já que, logo após o árbitro João Silva dar por terminada a partida, os jogadores das duas equipas envolveram-se em cenas de pancadaria, com o dispositivo presente da GNR a não conseguir dissuadiros mesmos.
Em consequência dos graves incidentes, dois atletas da Juncalense tiveram que ser transportados para o hospital. Fábio Salteiro sofreu lesões ao nível do sobrolho, tendo sido saturado com nove pontos, enquanto o jogador Morena sofreu lesões mais graves ao nível dos maxilares e dentição, tendo sido transportado para o Hospital de Covões, em Coimbra, para receber tratamento no serviço de Estomatologia No meio de toda esta confusão, o árbitro da partida conseguiu identificar três jogadores, Ivonilson e João Monteiro, do Gaeirense, e Bruno, da Juncalense, que receberam ordem de expulsão. De referir que, já durante o decorrer do jogo, o delegado do Gaeirense havia recebido ordem de expulsão, assim como o técnico da Juncalense, Luís Marinho. O treinador do Gaeirense, Luís Tavares, confessou ao Diário de Leiria que as cenas de pugilato registadas depois do jogo são de lamentar. "Nada do que aconteceu se justifica. Não me revejo nisto e repudio veemente o que aconteceu. Queria aproveitar a oportunidade para pedir desculpa e espero que os dois jogadores do Juncalense possam recuperar rapidamente", confessou. Sobre o que terá suscitado todo este tumulto, o técnico explica que houve um jogador do Gaeirense que foi agredido. "O João Monteiro disse-me que foi agredido por um jogador do Juncal e ele respondeu. Eu nem queria acreditar porque trata-se de um jogador muito calmo e correcto e para o ter feito foi porque realmente aconteceu alguma coisa. Depois disso gerou-se a confusão total com agressões de ambos os lados. Lamentavelmente, um jogador nosso perdeu a cabeça e acabou por agredir gravemente dois jogadores do Juncal", esclareceu Luís Tavares, acrescentando ainda que "se o árbitro fosse mais rigoroso, teria que haver mais expulsões para ambos os lados". Quem também lamenta o sucedido é o treinador do Juncalense, Luís Marinho, adiantando, no entanto, que a confusão gerou-se "após um jogador do Gaeirense ter agredido" um jogador visitante. Contudo, o técnico dá os parabéns "a dois ou três jogadores do Gaeiras" que tentaram acalmar a situação porque senão "teria sido muito pior".
'Casos' durante o jogo 'aqueceram' ambiente
A equipa do Gaeirense protestou o jogo junto da equipa de arbitragem, alegando um erro do árbitro, num lance em que a equipa do Gaeirense defende que o árbitro validou um golo e que depois voltou atrás com a decisão. "Fomos escandalosamente roubados pelo João Silva que não tem capacidade para ser árbitro", confessou Luís Tavares, explicando o que aconteceu: "Aos 93 minutos fizemos um golo completamente legal. O árbitro fez a sinalética de golo e os meus jogadores começaram a festejar junto à bandeirola de canto. Depois não sei o que passou pela cabeça do árbitro porque, quando me virei para o campo, o jogo já estava a decorrer com o Juncalense a rematar à baliza, valendo que um jogador nosso tenha tirado a bola em cima da linha de golo. Posteriormente, o árbitro disse-me que anulou o nosso golo porque o Ivonilson dominou a bola com o braço, o que não cabe na cabeça de ninguém". Versão diferente tem Luís Marinho, esclarecendo que o árbitro já tinha apitado antes de a bola ter entrado na baliza. "Não sei se foi fora-de-jogo ou não. Só sei que os meus jogadores marcaram a falta e, nessa altura, começaram a 'chover' bolas para dentro do campo. Mesmo assim, conseguimos rematar à baliza e um jogador do Gaeiras tirou a bola em cima da linha de golo com o braço. O árbitro assinalou canto", explicou o técnico da Juncalense, admitindo, ainda, que o árbitro "não esteve à altura do jogo e que errou para os dois lados". Luís Martinho confessou ainda que, na segunda parte, houve um clima de provocação entre os dois bancos "o que é normal neste tipo de jogos". Mesmo assim, o técnico admite que "nada justifica o que aconteceu depois". O relatório de jogo será apreciado pelo Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Leiria que irá aplicar os respectivos castigos.
Diário de Leiria
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