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quarta-feira, novembro 18, 2009

Entrevista a António Carvalho , massagista do GD Guiense

1- Há quanto tempo exerce funções de massagista no clube?
Pode-se dizer que foi já há bastante tempo. Comecei como atleta do clube onde participei nalguns campeonatos, tendo também passado pela Mata Mourisca e Grupo Desportivo da Ilha. Passei para director do Guiense quando este reiniciou a actividade desportiva, pois tinha sido impedido de participar durante dois anos. Iniciado o campeonato e estando tudo a correr bem, aconteceu um percalço: o massagista do clube, Sr. Leonel Marisco, teve um acidente fatal. É aí que entro eu. Sem qualquer experiência de fisioterapia ou de técnicas de recuperação pois só tinha o curso de socorrista da Cruz Vermelha. Então, estimulado pelo Sr. Jorge Rolo, tirei um curso de massagista na A.F.Leiria. Logo de seguida estagiei na União de Leiria onde aprendi muitas técnicas de identificação de lesões e o seu modo de recuperação. Aproveito para agradecer ao massagista Arsénio e ao enfermeiro Rui pois foram eles que me deram a preparação e sensibilização para prosseguir. Fiz ainda várias formações nomeadamente em anatomia e a sua mecânica, traumatismo no desporto, crioterapia, mesoterapia, técnicas de massagem e nutrição.
2 - Existem, neste momento, algumas recuperações de atletas que necessitem especial atenção?No Guiense com o elevado número de jovens que aqui praticam desporto, existem sempre alguns atletas que, por força das suas lesões, não é possível fazer a sua recuperação no clube. Nomeadamente aquelas em que são necessárias intervenções cirúrgicas. Nestas situações são encaminhados para os sítios competentes.Na equipa sénior, a que tem maior protagonismo e uma maior relevância nos adeptos, há sempre algumas mazelas que se vão resolvendo. Temos neste momento dois casos que precisam de um acompanhamento mais diferenciado e que são acompanhados por quem de direito.
3 - Quais as lesões que habitualmente afectam a maioria dos atletas? Como intervém?As lesões desportivas são, por norma, traumatismos, luxações, estiramentos e rupturas musculares. Como se intervém?
Eu tenho por norma defender o atleta e depois seguir o processo curativo, respeitando o tempo para que as células se regenerem. Posso falar de como se trata uma ruptura muscular, uma entorse ou uma alimentação correcta para desportistas numa futura apresentação. Gostaria de deixar um alerta muito grande a todos os agentes que andam nestas andanças: quando um atleta se queixa é porque algo que não está bem. É preciso avaliá-lo competentemente e, se necessário, parar de competir até ser bem avaliado. Relembro que o gelo é o mais importante naquelas primeiras intervenções, e que o cloreto de etilo (spray) posto em grandes quantidades mata as células da pele.
4 - Sendo um clube com tantas camadas jovens, como consegue conciliar a sua presença em todos os jogos?
Não é possível uma pessoa, só por si, acompanhar tantas equipas. O clube tem um enfermeiro e um médico que dão apoio. O enfermeiro Sílvio acompanha directamente a equipa júnior. Aos sábados, que é quando existem mais jogos, vamos estando por ali de manhã para o caso de ser necessário. À tarde acompanha-se a equipa dos juvenis e ao domingo não é possível acompanhar os iniciados pois a equipa sénior ocupa o nosso tempo logo pela manhã.
5 - Quais as suas expectativas para a época de 2009/2010 no que diz respeito aos Seniores e às camadas de formação?
No que diz respeito às camadas de formação acho que deve ser isso mesmo; formação com competição e não competição para se ganhar a todo o custo. É de todo incompreensível que se vá buscar atletas das camadas jovens a várias dezenas de quilómetros deixando os nossos irem para os clubes vizinhos perdendo assim sócios, patrocínios e bairrismo… Mas isto é assunto da direcção! A equipa que prevejo que possa fazer um campeonato acima da média é os juvenis (com excelente qualidade). Os Sub-13 também têm um excelente grupo e são muito bem orientados. Acho que se deve olhar para este técnico antes que outros o descubram. Quanto às restantes camadas, ainda não tenho uma opinião formada.A equipa sénior está repleta de excelentes atletas e, também, muito bem orientada. Têm todas as condições para fazer valer as suas capacidades. Apenas peca por ser um plantel muito curto que vai, de certeza, pagar essa falha.
Entrevista Retirada na íntegra do Blog do GD Guiense

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